quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Senhorita Arrependida fala


Algumas coisas são comuns nos arrependermos.Uma transa com um cara. Ter namorado um babaca. Magoado alguém que ama. Ter dito o desnecessário.
Mas o que é se arrepender se não é ter vivido, ousado , ido.
Sempre prefiro o risco do arrependimento do que o medo de não fazer, não ousar, não ir.
Pode se encontrar muitos desafios nos caminhos, mas acredito ainda mais que muitas coisas maravilhosas também podem ser vividas quando decidimos realmente viver.
Aprendemos com erros. E quando se aprende não se faz novamente. Começa-se a selecionar as coisas boas da vida. Ama-se mais os verdadeiros amigos. Se entrega só quando existe reciprocidade. Aprende-se a calar palavras inúteis .
E a vida vai tomando seu curso natural.
Existiram sempre os desafios, as tristezas, os medos as decepções. A naturalidade da vida.
Mas também existirá as recompensas, as alegrias, os carinhos. Também é natural da vida.
Vivamos. Nos arrependamos. Mas vivamos!
Quem está na chuva se molha, mas também se diverte!

quinta-feira, 21 de abril de 2011


" Quem me encontrar por favor devolva-me" Ksis- Reflexo no espelho

Despedida

Dizendo adeus.
Até nunca mais para o eu que sabia ser feliz.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Reconstruindo a si mesma



Alguma vez já te aconteceu na infância de quebrar algo valioso de sua mãe? Um jarro, um vaso, um copo, uma xícara... algo assim?
Aconteceu comigo algumas vezes. Meu ímpeto era conseguir uma cola super bonder e colar os caquinhos. Tentava, mas quando algo se quebra sempre existem aqueles pedacinhos mínimos que são impossíveis de colar.E depois de terminar a reconstrução eu percebia que não tinha jeito,que havia ficado lacunas, rachaduras, estava torto.
Isso é uma ilustração do que tenho sentido desde que resolvi juntar o que sobrou de mim.
Fui procurando nos meus mais escondidos sentimentos, pensamentos, lembranças. Tudo o que pudesse se encaixar e me fazer voltar a ser quem fui um dia.
Me sinto com buracos, porque algumas partes dos meus pedaços alguém levou ou eu deixei por aí.
Então ficou uma lição pra mim que quero dividir com vocês: Cuidado com as situações que a vida tenta te arrastar. Em uma dessas arrastadas você pode se quebrar e ficar em pedaços e não há nada , nem super cola nenhuma capaz de desfazer o estrago, e você ficar assim, cheia de buracos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011


"Somos prisioneiros e as jaulas que aprisionam nossos sonhos são as circunstâncias."
(Trecho da música de Anahí- Quiero)
Esgotou-se.
Esgotou-se a fé, os sonhos os planos, as ilusões.
Esgotou-se os motivos.Não há razões. Não há sentido. Não existem porques.
Não existem novas histórias. Esgotou-se os contos, as lendas.
Se esgotou as palavras que diziam continue...O ânimo , as forças...
Tudo se esgotou em mim. Talvez não haja nem mais dor, talvez tenha se esgotado o sentir. O sentir qualquer coisa. Esgotou-se a voz que um dia reclamou do inoportuno, do indesejado. Esgotou-se a raiva.
Chegou ao fim o que havia de bom e o que havia de ruim.
É o fim.

domingo, 17 de abril de 2011

Decidi parar de pensar.
Minha cabeça borbulhava e sempre achava um espaço para fabricar mais pensamentos indesejados.
Pensava em tudo.
Pensava no passado, a morte de alguém amado, um sorriso roubado.
Pensava nos desaforos. Nos desafetos não, mais especificamente no que fizeram que me chatearam.
Pensava nas pessoas distantes.
Pensava no que eu queria que tivesse sido diferente.
Pensava , pensava e pensava.
E toda vez que eu pensava eu chorava, porque doía de novo. Tudo o que eu havia sentido vinha á flor da pele novamente. E doía. Machucava. Dava vontade de não existir..
E como eu faria para pensar de pensar?
Estava decidida, iria parar, tinha que tão somente encontrar um modo para isso...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Coragem x Medo


Sempre fui muito corajosa para algumas coisas e muito medrosa para outras.
Sempre tive coragem para coisas práticas. Coisas óbvias.
Os meu medos sempre prevalecerão quando se tratava de mim.Tinha coragem pra lidar com outros, mas medo de lidar comigo.
Muitas vezes me achava o máximo. Porque sentia as coisas tão á flor da pele que achava ser aquilo algo só meu. Mas de repente me sentia extrema, tola, boba mesmo.
Sentia coragem pra amar alguém, mas não era capaz de permitir que me amassem. Eu não conseguia permitir que as pessoas me amassem por mais que eu quisesse.Então eu ficava sofrendo, porque queria o amor das pessoas. Só que não sabia deixar, não sabia permitir.
Coragem pra dizer o que pensava. Mas até essa coragem foi saindo de moda pra mim e comecei a achar uma pura bobagem e falta de inteligência dizer o que penso.
Coragem pra ajudar e ouvir as outras pessoas, mas comecei a achar que me prejudicava muito com essas minhas ações altruístas.
E quando parei de manifestar minha coragem fui perdendo uma grande parte do que me tornava especial e unica.Por que eu era um misto de anjo e maldade. Um doce envenenado.Uma maçã que foi bonita e apetitosa e que agora está estragada.
E assim, quando minha coragem parou de se manifestar , meus medos foram tomado seu espaço e fui ficando assim: Sem gosto. Sem sal e sem açúcar. Fui ficando sem cor, pálida. Perdi meus sorrisos espôntaneos e minhas gargalhadas não eram mais ouvidas.
Fui ficando assim, meio em Marte, outra parte na Lua. Comecei a me desinteressar por esse mundo aqui. E olhando em volta nada faz sentido pra mim. Meus pensamentos começaram a ficar com preguiça de se manifestar.
E só uma idéia se passa pela minha cabeça...
Uma idéia que me faz perguntar todos os dias, desde sempre, porque vim parar aqui. Qual o sentido de estar aqui?
Para mim já não há nenhum. Alguns sentidos eu perdi. Outros foram me roubando. O restou perdeu a validade.
Não preciso mais existeir.